As arenas da Araruama Expo Agro 2025 se transformaram, nesta sexta-feira (31), em um verdadeiro espetáculo de elegância, técnica e tradição. As competições de cavalos — um dos pontos altos do evento — reuniram criadores de vários estados, estudantes e amantes do mundo rural, que puderam acompanhar de perto provas das raças Mangalarga Marchador e Quarto de Milha, duas das mais admiradas do país.

No caso do Mangalarga Marchador, raça símbolo da harmonia entre força e beleza, a disputa é acirrada. Ao todo, 74 expositores apresentam 119 animais em várias provas, como as de Marcha e Morfologia, que avaliam o desempenho e os aspectos físicos de cada animal. Um dos destaques do dia foi “Calibre”, um jovem mangalarga marchador de apenas 1 ano e meio, criado em uma fazenda de São Pedro da Aldeia. Com porte nobre e andamento impecável, ele conquistou o título máximo da categoria.

O proprietário, André Martins, não escondeu o orgulho:

“O Calibre fez todo esse sucesso por causa da genética dele e do trabalho que fazemos na fazenda. Pra mim, enquanto produtor rural, é satisfatório demais essa vitória; só tenho que agradecer por esse evento”, destacou.

Durante a avaliação, o jurado Agnaldo Andrade explicou o que observa em um campeão da raça:

“Na morfologia do Mangalarga Marchador, levamos em consideração o equilíbrio do conjunto, a expressão e caracterização racial, e também os animais de melhores membros, troncos e conjunto de frente. É uma análise bem cuidadosa.”

Além dos marchadores, o público também se encantou com as provas da raça Quarto de Milha, conhecida pela velocidade e destreza. 86 expositores apresentam 120 animais, em desafios emocionantes como a tradicional Prova dos Três Tambores.

Além de encantar o público, as competições também se tornaram uma verdadeira aula a céu aberto para os estudantes de Medicina Veterinária. Cerca de 20 alunos da Universidade de Vassouras (sede Saquarema) e da Universidade Veiga de Almeida (Cabo Frio) estão acompanhando as provas de perto, aprendendo na prática sobre comportamento, anatomia e desempenho dos equinos.

A estudante Dindara de Oliveira Vieira, do segundo período de Veterinária, contou como a experiência tem sido enriquecedora:

“Ver de perto o manejo, a preparação e as avaliações dos cavalos, isso pra gente é de uma experiência absurda. A gente aprende observando, ouvindo os criadores e entendendo o cuidado que cada animal recebe.”

E vale ressaltar que as atrações continuam no sábado, com mais provas de cavalos e também com as competições do gado Tabapuã, que vão acontecer ao longo do dia.